Os projetos realizados hoje são baseados numa série de experimentações que ocorreram desde o primeiro momento que a humanidade começou a conceber os espaços de habitação e convívio. Numa costura intrínseca entre costumes, tradições, materiais locais e técnicas construtivas, surgiram as arquiteturas ancestrais e vernaculares. A influência do contexto e da cultura de cada população pode ser de grande inspiração para profissionais da arquitetura na contemporaneidade que, ao olhar para o passado, conseguem responder eficientemente ao futuro.

Para escolher os materiais adequados para a reforma de um imóvel histórico, é preciso levar em consideração as características originais do edifício, como tipo de construção, idade e estilo arquitetônico. Além disso, eles possuem um valor arquitetônico e estético que não pode ser encontrado em construções modernas. A arquitetura é uma forma de registro histórico, que ajuda a contar a história de uma sociedade. Ao examinar as construções de uma cidade ou de uma região, podemos descobrir muitas coisas sobre a cultura e a história de um povo. A arquitetura pode nos contar sobre a sua religião, a sua economia, as suas tradições e até mesmo sobre as suas guerras e conflitos.

Como a arquitetura e o design urbano podem influenciar na criação de identidades culturais

Essa análise deve levar em conta aspectos estruturais, elétricos, hidráulicos, entre outros. A apropriação cultural pode afetar negativamente a identidade de um grupo, pois pode levar à perda da sua cultura e tradições, além de desvalorizar sua história e legado cultural. Além disso, os festivais culturais e os eventos públicos também podem contribuir para o desenvolvimento econômico da cidade, atraindo turistas e gerando empregos. Demonstrando o poder criativo de arquitetos que possuem a consciência do seu traço e como ele se estabelece a partir de um saber coletivo, sem apagá-lo. O segundo é da percepção, que é a base para a formação de outras representações espaciais .

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O governo oferece diversos programas de incentivo à preservação do patrimônio histórico e cultural, como a Lei Rouanet e o Programa Nacional de Apoio à Cultura . Para isso, é importante buscar soluções que respeitem a estrutura original do edifício, mas que também atendam às necessidades contemporâneas. Um imóvel histórico é um edifício que possui valor cultural, histórico ou arquitetônico para uma determinada região projetos arquitetônicos ou país. Ao preservar esses imóveis, estamos mantendo viva a nossa história e tradições, além de contribuir para o turismo cultural e para a valorização do patrimônio histórico. Os habitantes têm um papel fundamental na construção de uma identidade urbana autêntica. Quando as pessoas se sentem parte da cidade, elas passam a contribuir para sua construção e a valorizá-la como parte da sua identidade cultural.

Arquitetura preservando identidades locais

É possível modernizar um imóvel histórico sem perder sua identidade?

Entre as criações de Juan Pablo⁠ e Marina está a própria morada onde o casal passa a quarentena no interior paulista. “Sinto que me foi legado esse lugar, por isso, quero mantê-lo preservado para as próximas gerações”, reflete Marina. Proprietários de cerca de 218 lotes, em Canajurê e na Lagoa da Conceição, devem ficar atentos para os enquadramentos previstos no Plano Diretor, para conhecer as alterações e construções que serão permitidas nos locais. Assim, entendendo o que é Arquitetura e Urbanismo Sustentável, qual a sua importância e como implementá-la na prática, você conseguirá se tornar, mais consciente e diferenciado dos outros profissionais por meio do curso de Arquitetura e Urbanismo. Sustentabilidade é um conjunto de estruturas que resistem a um tempo prolongado, são auto suficientes, bem como utilizam práticas sustentáveis que diminuem a agressão e a poluição ao meio ambiente. No Brasil, o excesso de terra a preços baixos retardou a consciência do setor para a recuperação de construções históricas.

Como agregador de pessoas, o espaço público tem poder de influência também na dimensão social. Ruas, praças, parques, calçadas e ciclovias amplos e acessíveis e um mobiliário urbano que estimula a interação entre as pessoas e o ambiente são elementos que geram uma apropriação positiva do espaço e aumentam a vitalidade urbana. É necessário, também, considerar diferentes centralidades e disponibilizar boas áreas públicas também nas periferias, garantindo o acesso à população que não vive no centro. Em todos esses exemplares, alguns tombados, outros não, foram utilizadas técnicas construtivas que atestam a evolução da construção civil. Nos primórdios da colonização e diante da pouca opção de maté­ria-prima, o uso da taipa de pilão, do adobe e do pau a pique formaram o estilo colonial.

Ao compreender o conhecimento espacial ancestral, principalmente de seu país natal, Burkina Faso, Keré traduz as soluções técnicas a partir de seu olhar. Respeitando o contexto, material e mão de obra, ele implica pequenas mudanças que, junto das comunidades que constroem os edifícios, concebe uma arquitetura que se mescla com o contexto social e geográfico. Como muitos arquitetos já disseram, a arquitetura também deve deixar espaço para o acaso, para a casualidade e encontros espontâneos. O Herstedlund Community Centre, concebido pelo Dorte Mandrup Arkitekter, é um centro comunitário multifuncional instalado em um bairro construído do zero na cidade de Albertslund, Dinamarca. O edifício incorpora uma série de espaços não programados, ao mesmo tempo que prioriza a interconexão entre as suas diferentes funções e usos.

Ou apresentar diferentes técnicas tradicionais e materiais locais, que junto da compreensão da habilidade da mão-de-obra, agregam um grande potencial sustentável de transformação social. Envolver a população na concepção, planejamento e administração dos espaços públicos da cidade ou dos bairros onde moram é essencial para manter a qualidade desses espaços. Os espaços públicos têm usos e significados diferentes em cada bairro e comunidade – ouvir as pessoas no gerenciamento das áreas públicas permite que se apropriem dos elementos presentes nesses espaços para melhorar seu uso. Se um espaço não refletir as demandas e desejos da população local, não será utilizado nem mantido. A participação social é um elemento central para a construção de áreas públicas mais seguras, equitativas e com uma identidade integrada ao bairro.

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