Os egípcios adicionavam fermento selvagem na massa feita de trigo, cevada ou Emmer para auxiliar no crescimento e a assavam. No Antigo Egito os povos tinham o costume de plantar o trigo e a cevada, pois eram muito importantes na economia e até mesmo mediam o nível de riqueza de uma família ou região.
Folhas como repolho, cozinha brasileira folha de videira e acelga são a preferência da região, assim como tomate, pimentão e berinjela. Esses alimentos são muito consumidos em conservas preparadas em casa e popularmente servidos como acompanhamento. A carne de carneiro, que é a mais consumida, é preparada guisada, recheada com muitos temperos ou assada.
À época em que “Não É Sopa”, de Nina Horta, compilou crônicas dos anos 1980 e 90, sabia-se mais da comida inglesa do que da brasileira, dizia ela. Receba a cada 15 dias um e-mail com dicas de viagem e crônicas para refletir sobre o turismo e o mundo.
Um fato curioso é que muitos desses pratos da gastronomia afro-brasileira fizeram o caminho de volta e passaram a ser consumidos na África da forma como foram recriados / adaptados aqui no Brasil. Foi no Rio de Janeiro que a feijoada se popularizou e, aos poucos, passou a ser consumida por outras classes sociais. Hoje é praticamente certo encontrar feijoadas sendo servidas às sextas-feiras na maioria dos restaurantes do Rio de Janeiro.
Com sua imensa bagagem cultural, os negros logo criaram adaptações para preparar os pratos africanos, reinventando e transformando a arte de cozinhar a comida africana com o que tinham de disponível por aqui. Agora que você já conhece a origem da gastronomia, vamos dar um salto para o contexto brasileiro.
O país, com extensão continental, possui uma culinária rica e diversificada. Com o mundo globalizado, a gastronomia ultrapassou os limites geográficos e ganhou o coração (e o estômago) de pessoas espalhadas pelo mundo. Hoje, um brasileiro pode dizer com propriedade que ama comida tailandesa, um tailandês pode levantar a bandeira da cozinha italiana e um italiano pode flertar com referências francesas.
Mas a literatura indica que o doce foi criado pelos escravos africanos a partir da união do açúcar mascavo com o coco ralado, que eram misturados até o ponto de se entrelaçarem. Com o tempo, a água e o leite condensado foram acrescentados na receita, que pode levar também amendoim, castanha ou doce de abóbora. De origem indígena, mais especificamente de comunidades de Pernambuco, esse prato provém da goma retirada da mandioca em um processo totalmente manual feito até os dias de hoje.
Comidas Típicas
A comida do Nordeste do Brasil é fortemente influenciada pela culinária africana. O dendê foi introduzido na América a partir do século 16, coincidindo com o início do tráfico negreiro para o Brasil. É um óleo indispensável na cozinha afro-brasileira, utilizado em pratos de origem africana como o vatapá e o acarajé. Quando eu falo da culinária brasileira, pensamos em várias comidas típicas, como pão de queijo, feijoada, brigadeiro, açaí etc. Como dito, a farinha é usada desde muito cedo na culinária árabe e, com isso, foram surgindo diversos tipos de massa. O pão, desde a época mesopotâmica até os dias de hoje, é consumido em larga escala pelos países árabes, e era o único sustento dos povos pobres.
Certo dia, percebendo que o item estava em falta, a cozinheira teve a ideia de misturar batata e farinha e colocar pequenos pedaços desfiados de frango na massa em forma de coxinha. De cara, a iguaria caiu nas graças do paladar do brasileiro, com versões que incluem a famosa receita com catupiry.
O famoso folclorista brasileiro indica que a feijoada como a conhecemos, composta de feijão, carnes, hortaliças e legumes, seria uma combinação criada apenas no século XIX em restaurantes frequentados pela elite escravocrata do Brasil. Sua difusão teria se dado em hotéis e pensões, principalmente a partir do Rio de Janeiro.
Essa riqueza gastronômica tem origem nas diversas culturas que foram ocupando esse território e mostram a diversidade do Brasil nos preparos criativos que se popularizaram em todo o país. Mais um indício sobre a multiplicidade cultural que foi incorporada em um dos maiores países do mundo.
Os muçulmanos que viviam no deserto tinham uma alimentação mais simples, composta por carnes, alguns poucos vegetais e raríssimo consumo de peixe. Dessa forma, a proximidade com esses dois rios permitia a prática de pesca e o cultivo de legumes, frutas e cereais por meio da irrigação, além da criação de gado para retirada do leite que servia para produzir coalhada e seus derivados. Com a chegada dos italianos, as massas, a polenta e o frango foram integrados ao hábito alimentar da região.